Ilustração do mito da caverna (Imagem retirada do site http://paradigmadivino.wordpress.com) |
Platão,
declaradamente espiritualista, tentou expressar suas ideias de liberdade
através da tão conhecida Alegoria
da Caverna. Ele acreditava
que as pessoas estavam algemadas ao materialismo a ponto de compreenderem
apenas aquilo que se vê. Esse tipo de comportamento humano é compreensível,
visto que a visão é o único sentido que podemos compartilhar de maneira quase completa. Quase completa porque não
sabemos qual o grau de semelhança entre as interpretações cerebrais de cada ser
humano.
Essa
libertação é bem ilustrada no filme Matrix,
assim como o momento em que escolhemos entre entender
o mundo como ele é ou continuar nas amarras de nossas
crenças quadradas que não estimulam nenhum conhecimento. A diferença entre
a interpretação mostrada no filme e a realidade é que não há uma crença comum
programada e sim uma interpretação individual para cada ser e/ou grupos de
crenças diferenciados.
Baseados
em ideais de liberdade e impregnados por crenças religiosas, filósofos e
cientistas procuraram entender o funcionamento dos fenômenos na terra e no
universo, incluindo conceitos de divindades em seus modelos. Com o passar dos
séculos, as ideias ateístas (já existentes desde os primórdios da humanidade)
começaram a crescer e se fortalecer, pois a ciência desvendava um funcionamento
previsível e mecânico do universo e, consequentemente, da vida e do
comportamento do ser humano. A ciência passa a não precisar mais de Deus em
seus modelos e logo, pessoas com afinidade às ideias ateístas de liberdade para
fazer o que se quer começam a estudar filosofia, física, química e biologia e
buscam então mostrar que não só a ciência, mas o universo não precisa de Deus.
Como
tudo no universo, o conhecimento do homem também precisa de um estímulo. Só
podemos encontrar nossas teorias procurando por algo. O desenvolvimento
intelectual do homem é sempre impulsionado pela dúvida. No caso da ciência
moderna, a busca gira em torno de desvendar os mistérios do universo e o
segredo da vida. Acontece que, quando chegamos a questões grandes como essa,
tudo falha; filosofia, religião, ciência. Nada é suficiente para dizer de onde
viemos e para onde vamos. Porém, a ciência tem muitas respostas e é,
claramente, a que chega mais perto de responder a todas as nossas indagações. O
resultado de tanta precisão e perfeição nos modelos é o egocentrismo da opinião
pública baseada erroneamente nas ideias de Platão e outros famosos lutadores da
liberdade, como Voltaire e os iluministas.
Enquanto
os cientistas pregam suas opiniões com bom embasamento e inúmeros argumentos a
seu favor, seguidores desconhecedores das teorias mais importantes repetem
frases das quais não tem noção do real significado. O neoateismo vem pra deturpar qualquer ideal e
sujar qualquer debate.
A
humanidade estava presa a crenças fracas e subdesenvolvidas há mais de 2000
anos e hoje, com todo o conhecimento que adquirimos, estamos voltando a ser tão
estúpidos como no começo dos tempos. Uma das coisas mais importantes que diz
Zygmunt Bauman é de que a sociedade não se obriga mais a pensar ou entender o
que é a vida. É exatamente esse pensamento minúsculo que estraga qualquer
corrente ou desenvolvimento do ser humano. Os neoateus,
geração de Richard Dawkins, baseiam-se no orgulho de um biólogo que parou de
estudar questões importantes e se dedicou a aprender métodos de convencimento e
persuasão pregando ser óbvio que Deus
é um delírio.
O que é
ridículo no neoateismo? Crer que questões como a do surgimento
do universo e da vida são simples de entender e ignorar (ou desconhecer) o fato
de que os genes falharam ao responder as perguntas sobre o comportamento
humano.
Qualquer
cientista com alta relevância – como Stephen Hawking, Brian Greene, Michio
Kaku, Neil DeGrasse, Bruce Lipton, Andrew Newberg, David Albert e outros –
tomam cuidado ao expressar suas opiniões, pois sabem que a ciência não tem
desenvolvimento suficiente para encerrar questões de tamanha importância e
complexidade.
Mesmo
com todo seu ateísmo, Hawking dá declarações que deixam clara a falta de certeza a
cerca do assunto, o que o classifica como um agnóstico que crê na não
existência de Deus, porém, de forma humilde:
"O
universo é governado pelas leis da ciência. As leis podem ter sido criadas por
um Criador, mas um Criador
não intervém para quebrar essas leis."
"Há
uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade; e a
ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vai ganhar porque
ela funciona."
Já Neil DeGrasse
prefere se classificar como agnóstico.
Pois ateísmo é opinião e não certeza. Um cientista para ser bom e bem sucedido
deve ser agnóstico, ou seja, possibilista. Pode ter suas crenças e ideias, mas
não pode deixar que elas influenciem os resultados de seus trabalhos. O que a
ciência provou está provado; o que a ciência permite é sim uma possibilidade; e
somente o que já foi refutado pode ser criticado.
Os ativistas
neoateus são nada mais que pessoas conhecedoras da ciência de nível escolar e
papagaios de ideias preconcebidas por algum estudioso de verdade. Qualquer
pessoa que perceba tanta obviedade nas respostas a questões tão complexas
deveria divulgar suas teorias, afinal, elas seriam imediatamente acatadas,
visto que assunto é considerado tão simples por eles. Portanto, se alguém te
disser que você é burro porque tem uma religião, ou acredita em Deus, ou na
espiritualidade, sinta-se à vontade para ignorar, essa pessoa não sabe o que
diz e muito menos deve ter sua opinião valorizada. Se alguém te chamar de
estúpido por ser ateu, você deve agir da mesma forma. Toda unanimidade é burra,
mas, se há uma verdade absoluta sobre a vida e o universo, ela está muito longe
de ser encontrada e ser religioso ou ateu é perfeitamente compreensível dentro
das leis da ciência.
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ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirO fim esta próximo religiosos
Ateísmo um relacionamento com a REALIDADE.
O BRASIL E ESTUPIDO, O E NEO-POSITIVISMO,
ResponderExcluirA FILSOFIA ESTUDA O REAL. A ciencia simplica as coisas,
Deus nao e objeto no mundo dos fenomenos, e pra questoes problematicas esta filsofia e merda nenhuma!!
VAI ESTUDAR MOLEKADA
Esta ciencia e merda nenhuma.
ResponderExcluirEu nao quis dizer Filosofia e sim: Ciencia.
A ciencia e demais ciencais se originaram da filsofia e aos poucos adquiriram autonomia, nas maos de preconceituosos, contra os filsofos e e teologos.
O mundo sensivvel (real) cheio de graves quetaoes esta longe de ser acjudado por uma ciencia, q reduz o mundo a mecanicismo.
Ótima visão!
ExcluirA ciência é, hoje, o que tem credibilidade. Claro que tudo surgiu da filosofia, como o big bang surgiu de um padre e isso não significa que o padre é a hegemonia do conhecimento. É tudo questão de nomenclatura e o que importa não é coisificar e sim dar sentido às coisas. Seja com nome de filosofia ou ciência, afinal, hoje a ciência já é mais filosófica que na era newtoniana. Por fim, creio que a humanidade esteja convergindo para uma verdade comum, tenha ela o nome que tiver.
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