quarta-feira, 13 de junho de 2012

O domínio da lei?


O determinismo científico de Descartes/Laplace diz que tudo no universo se comporta de acordo com alguma lei científica. Segundo os pais dessa teoria, se conhecemos a condição de um sistema em um determinado instante de tempo, podemos prever sua disposição tanto no futuro quanto no passado. Postula que não existe o livre-arbítrio, pois o comportamento do cérebro humano segue várias leis da ciência (como o eletromagnetismo, a mecânica quântica e as interações químicas de substâncias) e, portanto, nossas ações e sentimentos são nada mais que resultados de complexas equações matemáticas.
Sabemos que as nossas emoções são refletidas pelo nosso corpo por causa dos pulsos eletromagnéticos que transmitem a situação do nosso cérebro para os músculos e glândulas através de hormônios. Isso tudo é bem mecânico e de fácil compreensão (até impossível de negar, eu diria, pois é observável), mas existe algo que as ciências não estão conseguindo explicar: o que é a causa dessas emoções e vontades?
É fácil entender o funcionamento de uma máquina (corpo humano) e todos os seus efeitos (até a causa dos mensuráveis que são regras biológicas de organização dos aparelhos do nosso corpo). Mas não conseguimos, ainda, responder o que é que gera o funcionamento de todos esses sistemas. Para pensarmos sobre o assunto, vou propor um experimento mental.
Imagine um ser humano em perfeito estado de saúde física e mental. Agora, tiramos o seu coração e esperamos a pessoa morrer. Depois disso, colocamos o coração e o sangue de volta. Por que este ser não volta a viver? É uma pergunta sem resposta, pois o corpo está em perfeitas condições para o seu funcionamento, mas não funciona.
Existem perguntas na ciência que estão além da compreensão da maioria das teorias atuais. Esse exemplo do corpo físico do homem mostra fortes indícios de que nem tudo é feito de matéria e que existe algo a mais no ser humano, mas, infelizmente, muitos cientistas se negam a acreditar nisso sem ter nenhum fundamento contra essa possibilidade.
A física quântica está trazendo um novo paradigma para o pensamento científico e, cedo ou tarde, os cépticos terão que aceitar as coisas que vêm sendo provadas. Por exemplo, a não-localidade quântica é uma belíssima teoria que mostra cientificamente o que é a consciência, ainda que não seja possível medi-la. O conhecimento avança, o homem compreende e o mundo muda. Sempre foi assim. É muito provável que seja novamente.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Viva


Liberdade. Todo mundo quer ter liberdade, é instinto do ser humano. Queremos liberdade para seguir uma corrente, para ter uma opinião. Liberdade para fazer o que queremos na hora que temos vontade, para planejar o final e semana ou a viagem das férias. Será que somos livres?
Trabalhamos, muitas vezes obrigados, para satisfazer as nossas vontades. Desejamos viajar ou comprar uma camiseta, desejamos possuir, e, portanto, temos a ideia de que não somos livres. Somos obrigados a colaborar com o sistema econômico para podermos fazer algumas escolhas. Mas, qual liberdade é maior do que a de pensar?
Achamos sempre que a vida é muito mais do que poder ter uma opinião. De fato, ela é. Mas não do jeito que queremos que ela seja. Confundimos as nossas vontades com os conceitos de certo e errado. Não garanto que exista uma regra do certo e do errado, mas existe algo que sempre nos leva a refletir sobre o assunto. E porque não?
Não devemos deixar para os pensadores o dever de pensar. Pensamos, logo existimos, portanto, devemos fazer por merecer tal dádiva. Pense. Duvide. Formule. Repense. Duvide de novo. Molde suas próprias teorias. Baseie-se no que já conhecemos do mundo, claro. Não devemos voltar a viver no passado e começar tudo do zero, mas, como vivemos nesse mundo, temos direito de fazer parte da sua história.
O mundo está precisando de novas ideias. Não conseguimos evoluir sem novas interpretações e novas teorias. Já sabemos que matéria e energia são uma só coisa e que se transformam constantemente. Sabemos também que o espaço-tempo e a matéria (energia) são coisas contínuas, ou seja, o universo é energia e a matéria é a deformação desta energia. Nossos atos influenciam diretamente no ambiente a nossa volta. Portanto, temos que reformar o nosso interior para o mundo melhorar.
Um mundo melhor é um mundo mais culto e mais amoroso. Amplie o seu universo de conhecimento e use a sua capacidade intelectual. Ame o seu próximo e viva numa esfera repleta de respeito. Perdoe mais, reflita mais e estimule o seu cérebro para fazer a vida valer a pena.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Nova Ciência


Filosofia, amor à sabedoria, amor ao mais profundo desejo do ser humano: o conhecimento.
Quando ouvimos a palavra filosofia, lembramos de frases famosas como “só sei que nada sei”, “penso, logo existo” ou perguntas inquietantes: “de onde viemos?”, “para onde vamos”, “quem somos nós?”
Nos primeiros milênios da existência da raça humana, não havia fala nem qualquer sinal de desenvolvimento intelectual, porém, com o passar do tempo, a capacidade de raciocínio do homem fez com que ele organizasse “micro sociedades”. Disso, surgiu um conhecimento da natureza e novas tarefas passaram a ocupar a mente destes quase seres sociais.
Começaram a ter tempo para pensar e é inevitável pensar em como as coisas funcionam ou como o mundo funciona. E, com o passar do tempo, apareceram os já citados questionamentos sobre as origens da humanidade e do universo. O homem, agora, tem respeito pelo raciocínio e pelo saber, mas vamos avançar alguns mil anos.
Segundo milênio depois de cristo: A física Newtoniana formula matematicamente o movimento dos corpos na Terra e no universo. Graças a Newton, Kepler, Galileu e outros a ciência começou a evoluir, deixando ainda algumas questões para a filosofia e um espaço para as divindades. Rapidamente, surgem regras de comportamento do calor, da temperatura, da luz, dos fluidos e das ondas mecânicas. Pouco tempo depois cientistas renomados, como Maxwell, Faraday e Tesla, com novos pensamentos, nos dão a luz do eletromagnetismo e do comportamento ondulatório da luz e, como consequência, a sociedade entra na era industrial. Temos agora a filosofia e as religiões indo contra a ciência e questionando a lógica cartesiana, os métodos de pesquisa e a veracidade dos fatos.
Parou para pensar? Quando foi que a filosofia parou de estudar o funcionamento do mundo? E a física, que surgiu da filosofia, por que não se preocupa mais com a mente? Nesta época a comunidade científica passou a estudar as situações de forma direta, quadrada e esqueceu de todo e qualquer efeito “não newtoniano”. Não existe mais espaço para o que não é “visível” nem para qualquer comportamento inteligente que não seja o do homem.
A biologia já não consegue mais desvendar os mistérios do cérebro humano. A física não consegue precisão em muitas observações. A filosofia te ensina a viver no passado e não utilizar novas tecnologias para auxiliar no pensamento. Mas, a natureza não deixou a sociedade estagnar e, em 1879, nasceu um homem simples, mas apaixonado por tudo que desafia a mente: Albert Einstein.
Em 1900, Lorde Kelvin diz: “Não há nada de novo a ser descoberto na física, atualmente.” Em 1905, duas surpresas: o quantum de luz e a teoria da relatividade – a segunda, formulada por Einstein.
Essas duas descobertas da física foram feitas a partir da análise de campos de força, do efeito fotoelétrico e da radiação de corpo negro.
Antes que você se pergunte: Não, não são apenas mais duas simples descobertas da física. Essas duas observações trouxeram para nós duas novas áreas da ciência: A mecânica quântica e a relatividade. Essa nova física traz implicações muito menos mecânicas do que as que estávamos acostumados. O desenvolvimento das teorias quântica e relativística só foi possível graças a homens de mente menos fechada. Você consegue imaginar um físico dizendo: “o tempo não é absoluto, depende da velocidade e não é infinito”, “massa e energia vivem em constante troca e equilíbrio e, na verdade, são a mesma coisa”, “as partículas se comportam de forma diferente quando olhamos para elas”?
Para chegarmos a essas descobertas, tivemos que analisar expressões matemáticas de maneira menos determinista. Os cientistas tiveram que aceitar de volta o pensamento filosófico, pois ciência e filosofia andam juntas. Precisamos, agora, de mais físicos filósofos, mais biólogos filósofos, mas químicos filósofos. Ciência sem filosofia não encontra grandes significados e filosofia sem ciência não evolui.
Os novos desafios da comunidade científica já estão em estudo, mas ainda longe de qualquer solução. É necessário procurar o porquê do funcionamento do cérebro e não só entender como ele funciona. Precisamos descobrir o que é o pensamento, o que é a informação e o que está por trás das nossas predisposições. De onde vem a inteligência do elétron, como ele faz para saber que tem obstáculos a sua frente e que está na hora de se comportar como onda. O acaso já foi praticamente banido da física moderna. O que falta agora é uma evolução filosófica da ciência para encontrarmos melhores soluções para os enigmas do universo.