O determinismo científico de
Descartes/Laplace diz que tudo no universo se comporta de acordo com alguma lei
científica. Segundo os pais dessa teoria, se conhecemos a condição de um
sistema em um determinado instante de tempo, podemos prever sua disposição tanto
no futuro quanto no passado. Postula que não existe o livre-arbítrio, pois o
comportamento do cérebro humano segue várias leis da ciência (como o eletromagnetismo,
a mecânica quântica e as interações químicas de substâncias) e, portanto,
nossas ações e sentimentos são nada mais que resultados de complexas equações
matemáticas.
Sabemos que as nossas emoções são
refletidas pelo nosso corpo por causa dos pulsos eletromagnéticos que
transmitem a situação do nosso cérebro para os músculos e glândulas através de
hormônios. Isso tudo é bem mecânico e de fácil compreensão (até impossível de
negar, eu diria, pois é observável), mas existe algo que as ciências não estão
conseguindo explicar: o que é a causa dessas emoções e vontades?
É fácil entender o funcionamento de
uma máquina (corpo humano) e todos os seus efeitos (até a causa dos mensuráveis que são regras biológicas de organização dos aparelhos do nosso corpo).
Mas não conseguimos, ainda, responder o que é que gera o funcionamento de todos
esses sistemas. Para pensarmos sobre o assunto, vou propor um experimento
mental.
Imagine um ser humano em perfeito
estado de saúde física e mental. Agora, tiramos o seu coração e esperamos a
pessoa morrer. Depois disso, colocamos o coração e o sangue de volta. Por que
este ser não volta a viver? É uma pergunta sem resposta, pois o corpo está em
perfeitas condições para o seu funcionamento, mas não funciona.
Existem perguntas na ciência que estão
além da compreensão da maioria das teorias atuais. Esse exemplo do corpo físico
do homem mostra fortes indícios de que nem tudo é feito de matéria e que existe
algo a mais no ser humano, mas, infelizmente, muitos cientistas se negam a
acreditar nisso sem ter nenhum fundamento contra essa possibilidade.
A física quântica está trazendo um
novo paradigma para o pensamento científico e, cedo ou tarde, os cépticos terão
que aceitar as coisas que vêm sendo provadas. Por exemplo, a não-localidade quântica
é uma belíssima teoria que mostra cientificamente o que é a consciência, ainda
que não seja possível medi-la. O conhecimento avança, o homem compreende e o
mundo muda. Sempre foi assim. É muito provável que seja novamente.