“Não
cometam o erro de pensar que a comunidade científica é científica.” - John Hagelin
Após obter seu Ph.D em física quântica
na universidade de Harvard, Hagelin trabalhou com unificação de campos
quânticos na faculdade de Standford. Apesar de inúmeras publicações (centenas)
nessa área, sua fama vem da descoberta da supersimetria, que foi peça chave
para o desenvolvimento da teoria da grande unificação.
Assim
como a política e a economia, a comunidade científica tem seus problemas de
conflitos de interesse. Manipular a massa significa deter o poder. Vemos isso
todos os dias nas principais religiões e nos governos populistas. É notável que
as pessoas, de qualquer nível social ou grau intelectual, sempre pensam
orgulhosamente a favor daquilo que acham mais bonito e negam tudo que é contra
o que parece mais satisfatório aos seus caprichos. Temos exemplos clássicos
encontrados nas interpretações da bíblia, de correntes sociológicas e políticas
e de teorias físicas.
Ao
longo dos anos, muitos cientistas postularam que o universo é composto
exclusivamente de matéria e que os sentimentos não fazem parte do mundo real.
Isso é praticamente uma fé que apoia opiniões sobre o segredo ou sentido da
vida. Além do mais é simplesmente a abdicação total do estudo de situações mais
complexas que fogem a observações diretas. Essa é também a razão que leva a
espiritualidade a se tornar objeto de estudos hoje. Estamos num momento onde a
física aprendeu a fazer medidas e detecções de maneira indireta. Por exemplo,
sabemos a idade do universo e o funcionamento de estrelas pelas reações geradas
que podem ser observadas diretamente. Naturalmente, observações obtidas de
forma secundária não podem ter grande grau de precisão, porém, nos mostram o
funcionamento daquilo que queremos conhecer; mesmo que não nos apresentem
números de grande confiabilidade, nos fazem compreender conceitos científicos.
Só foi possível descobrir a expansão do universo a partir das observações de Hubble que concluíam que os corpos celestes se afastavam uns dos outros; Imagem do site: http://astro.if.ufrgs.br |
Hoje,
a sociedade converge para um ponto onde todas as crenças devem ser confrontadas
e teremos a oportunidade de captar os conceitos de cada uma que se aplicam à
vida. Como assim? Ora, não fossem os ateus, (de antigamente, claro) não
teríamos conhecido, de forma tão profunda, o funcionamento da matéria; não
fosse o catolicismo, não teríamos mantido sob a terra os conceitos morais que
hoje são lei em quase todos os países; não fosse o protestantismo, não teríamos
conhecido a necessidade de se interpretar a bíblia de maneira mais coerente;
não fosse o espiritismo, não teríamos conhecido o lado científico da
espiritualidade. Além dessas, diversas outras observações e ensinamentos podem
ser tirados de inúmeras crenças e filosofias espalhadas pelo globo.
Já
que vamos falar sobre a origem do universo, devo focar minhas atenções à
astronomia e à física moderna que são as únicas que nos dão uma foto, mesmo que
fosca, do passado longínquo.
A
teoria do nada foi bem analisada em outro post deste mesmo blog, portanto, vou
me limitar às falhas da teoria. Primeiramente, é pregado pelos físicos ateus
mais fanáticos que as leis científicas são como são porque estamos aqui para
observá-las. O que isso quer dizer é que as únicas leis científicas que
permitem a vida como ela é, são essas, ou seja, somos assim porque o universo é
assim; nosso defeito é, muitas vezes, pensar o contrário, como se o universo
fosse adaptável a nós.
Essa
é a principal contradição da teoria que não é conhecida por quase ninguém fora
do meio científico. O que permite o universo ter surgido do nada são as
quantidades de energia positiva e negativa encontradas nas observações
astronômicas. É incrível a igualdade desses dois valores, porém também é
postulado que antes do big bang não havia nada. Nem espaço, nem tempo,
portanto, não havia energia. Os físicos adeptos da teoria dizem que, as
flutuações quânticas do vácuo podem ter dado energia suficiente para a expansão
inicial do universo e todo o resto seria consequência disso. Mas, se as leis
científicas são exclusivamente do nosso universo, como existiam antes de ele
existir? Aliás, como Stephen Hawking diz, “perguntar o que havia antes do
universo é uma pergunta ilógica, afinal, o tempo é propriedade no universo já
criado; é como perguntar o que fica ao sul do polo sul, é uma pergunta
totalmente incoerente”.
A
pergunta é tão incoerente e ilógica como afirmação de que pôde existir alguma
lei científica antes mesmo de ela própria ter sido formada, correto? Essa
situação nos mostra como nenhuma teoria prova fielmente que o universo surgiu
do nada, que é como se acredita na “massa neoateísta manipulada pelos
detentores do poder científico”. Mas, meu foco não é só mostrar que não há nada
provado e sim evidenciar o porquê de o universo ter, na verdade, uma
inteligência criadora.
O
primeiro fato a ser observado é que nenhuma causa sem inteligência produz um
efeito inteligente. Todas as causas aleatórias que podemos observar produzem
resultados aleatórios, ou seja, com efeitos equiprováveis.
A vida inteligente é exceção à lei do acaso e as reações a estímulos externos
ao corpo também não obedecem ao caos. Na verdade, nem os animais, que não são
dotados da mesma inteligência que nós, respondem aleatoriamente ao que interage
com eles. É, talvez, a mais forte evidência de que os sentimentos e pensamentos
devem ser investigados.
Devemos
também considerar, com humildade, que os eventos espirituais estão para a humanidade
assim como a dor e o amor. Ou seja, são relatos, apenas. Não se pode ver a dor
ou o amor; podemos apenas senti-los. Assim são os fenômenos espirituais, são
observações individuais. O cérebro até codifica a dor e os sentimentos, mas não
existe um padrão; para cada ser humano, a reação cerebral é diferente em ambos
os casos. A teoria do doutor Sérgio Felipe de Oliveira, da USP, trata a
mediunidade como conversão de estímulos recebidos pela glândula pineal. Ao
contrário do que se acreditava antigamente, a glândula pineal não está inativa.
Através da difração dos cristais presentes nesse órgão, os estudos do doutor
Sérgio mostraram que a pineal é responsável por uma espécie de codificação de
ondas eletromagnéticas; funciona como receptora tradutora e emissora de ondas.
A atual ciência já usa ondas eletromagnéticas para transmitir informação há um
bom tempo, portanto, essa hipótese não pode ser considerada absurda, visto que
toda a nossa tecnologia é infinitamente inferior aos conceitos físicos e químicos
observáveis aplicados à engenharia do corpo humano.
Doutor Sérgio Felipe de Oliveira, pioneiro nos estudos sobre a pineal; imagem do site: http://www.uniespirito.com.br |
Não
bastasse toda a lógica observável de inúmeros ensinamentos trazidos à
humanidade desde muito antes de cristo, ainda podemos tirar conclusões
favoráveis a uma inteligência universal criadora de toda a nossa realidade.
Cientificamente,
sabemos que o espaço-tempo é o tecido responsável por todas as interações da
matéria que conhecemos até hoje, ou seja, esse tecido tudo sabe e tudo vê.
Ainda é nele que fica localizada a maior quantidade de energia do universo; 70%
de toda a massa e energia existente no universo é proveniente das flutuações
quânticas, propriedade conhecida como energia de ponto zero. Ou seja, o vazio,
mais uma vez, tudo sabe, tudo vê e tem uma quantidade absurda de energia. O
vazio seria Deus? Não. Não creio e não condiz com nenhuma lógica deísta que
Deus é algo tão visível e compreensível como o vazio. Aliás, para isso, Deus
teria que ser obra da própria criação e já vimos como isso é ilógico,
incoerente e incognoscível. O vazio é o meio da ação de Deus, afinal, se Ele existe, faz parte integral do nosso universo.
Nós
seres humanos e toda a matéria do universo estamos presos a esse tecido. É uma
limitação espacial científica e que serve perfeitamente aos relatos sobre as
leis de Deus. Além do mais, desde que a física virou puramente materialista,
todas as teorias que eram comprovadas diminuíam as lacunas que antes eram
deixadas para que Deus pudesse existir e, contra a vontade de muitos
cientistas, as novas leis da física e relações da biologia vêm apontando para
um universo cada vez mais incerto, abrangente, interativo e multidimensional.
Lawrence Krauss, um dos maiores físicos teóricos da atualidade; ateu ativista e crítico da teoria de cordas; imagem do site http://skepticalteacher.files.wordpress.com |
A
nova biologia mostra que todos os seres vivos não só interagem com o ambiente
como fazem parte do seu desenvolvimento. Ou seja, a teoria da evolucionista –
maior advogado dos ateus radicais – nos mostra que ela é sim correta e
condizente com quase todas as crenças religiosas do planeta. Richard Dawkins, biólogo
e ativista ateu, é pioneiro nos estudos sobre a interferência que o ambiente
tem nos seres vivos. Começou seus estudos com o intuito de provar que somos
simples resposta natural a estímulos externos, mas seus resultados
influenciaram outros biólogos que mostraram que, na verdade, tudo que está
inserido em um ambiente é parte importante desta máquina, como no caso da
Terra.
Essas
descobertas nos mostram outro poder de Deus. É a prova da implicação filosófica
da lei de Isaac Newton que diz que: “a toda ação, corresponde uma reação”. Ou
seja, a reação a estímulos não é puramente material; é algo que transcende a
matéria. As interações que somos capazes de compreender hoje, não nos mostram
tanta influência em células e em seres vivos, mas a observação mostra que os
seres vivos e as células têm suas atitudes dependentes do ambiente. Ora, se
essa interação material como conhecemos não é suficiente para explicar a
influência, ou seja, a relação não é puramente física e química, há sim algo
mais. É notável também que as lacunas só aparecem aonde há ação ou reação
inteligente, logo, a inteligência é propriedade fundamental do universo; não
efeito deste, logo, deve ser investigada pela ciência.
Como
nosso conhecimento ficou ultrapassado, novas teorias surgiram para explicar
coisas que não eram compreensíveis. A teoria de cordas é a única teoria da
física que pode unir as quatro forças fundamentais e investigar sistemas
quânticos relativísticos, ou seja, é a única candidata a explicar o universo
completamente. Isso leva John Hagelin, da frase citada no início do texto, a
ser considerado precursor de todos os avanços em torno da física moderna dos
últimos anos. Hagelin é, hoje, considerado místico e tem seus trabalhos
desvalorizados no meio científico, assim como Amit Goswami e David Albert. Há
outros cientistas que passaram a ser ignorados pelos cientistas ateus, mas
esses três são um belo exemplo de que, por mera política e necessidade de
hegemonia, a comunidade científica é a nova igreja católica da inquisição. Toda
a liberdade do pensar que foi conquistada com anos e anos de luta é, hoje,
manipulada por cientistas que querem manter seus nomes reconhecidos enquanto
vivos.
David Albert, grande contribuinte da teoria de cordas; imagem do site http://upload.wikimedia.org |
O
novo papa é o melhor exemplo de que uma religião não pode ser julgada com base
naqueles que creem nela, afinal, ele demonstra atitudes de amor e humildade
totalmente diferentes dos seus precursores. O novo papa é a esperança de uma
igreja longe da corrupção e, de fato, a favor da humanidade. O que também não
significa que todos os padres faziam parte dos absurdos que aconteciam no Vaticano.
Os corruptos não são os mensageiros de Deus e sim pessoas que se infiltram em
sistemas para tirar proveito de outros. Essas pessoas, com certeza, não são o
exemplo do designer do nosso universo.
Vivemos
novamente numa era de orgulho e corrupção que tenta calar a massa. O que antes
era caça, hoje é caçador.
Muitos
adeptos do marxismo acusam as religiões de serem usadas para manter a
disciplina do povo para conservar a hegemonia financeira de certas entidades e
países. Agora, a comunidade científica usa esses ideais para manter a hegemonia
do conhecimento, afinal, desde a idade média, quem detém o conhecimento também
detém o poder. Claro que não são todos os cientistas ateus que fazem parte
desse conchavo, muitos acreditam de verdade no universo que veio do nada, mas,
como as pesquisas em torno dos eventos espirituais não são divulgadas nem
apoiadas, é natural que essa opinião costume a aparecer nesse meio.
Papa Francisco, símbolo de humildade e amor à humanidade; imagem do site http://upload.wikimedia.org |
Uma
causa inteligente é a explicação mais lógica para o nosso universo e, sendo
essa causa inteligente e a moral fazendo parte da verdade universal, essa
inteligência é completamente moral. Da mesma forma que escuridão é ausência de
luz e frio é ausência de calor, o mal é a ausência do bem; o orgulho, da
humildade; a violência, da paz; a corrupção, do respeito; o ódio, do amor.
O
físico Mark Comings diz: “estou imensamente feliz de poder demonstrar que, por
fim, teremos uma ciência que está baseada no amor e que derrubará todas as
falsas crenças de separação e limitação”. Isso quer dizer que, sendo o amor uma
lei moral universal, ele é base de todas as outras leis do universo. Mas,
porque o amor? Bom, a perpetuidade da espécie só é possível com amor ao
próximo; a igualdade entre as pessoas só é possível com amor ao próximo;
dizimar a corrupção e a hegemonia do poder, só é possível com amor ao próximo.
Por fim, só poderemos realmente compreender o universo quando compreendermos o
que é o amor e, para compreendê-lo, temos que aceita-lo.
Mark Comings, físico matemático e divulgador da energia de ponto zero; http://www.intuition.org |